Pacotão de curiosidades do fim de semana no futebol brasileiro tem também times falsos e maca quebrada como gota d'água para abandono da Série D
A rodada do Brasileirão no sábado e domingo teve muitas curiosidades.
Sobraram casos inusitados. Perdeu algum? Confira os principais lances do
fim de semana:
Corrida contra o Hino
Em alguns estados do Brasil, é lei: antes de eventos esportivos, o Hino
Nacional tem que ser executado. E em Maceió é assim. No clássico
alagoano entre CRB e ASA, sábado, pela 19ª rodada da Série B do
Brasileirão, no Rei Pelé, o time de Arapiraca teve que correr para não
perder os últimos acordes da música oficial.
Os jogadores do time da capital já estavam corretamente em fila, com as
mãos na altura do coração, ouvindo um dos quatro símbolos oficiais do
Brasil - os outros são bandeira, armas nacionais e selo nacional. Foi
quando entraram os jogadores arapiraquenses no gramado do estádio de
Maceió timidamente tentando não chamar mais atenção do que a canção
composta por Francisco Manuel da Silva e Joaquim Osório Duque Estrada.
Mas antes do "se o penhor", os atletas do ASA já estavam perfilados.
Apesar do "desrespeito", o time visitante venceu por 1 a 0.
Anotem a placa!
Tudo ia acontecendo dentro da normalidade durante a vitória do Joinville por 1 a 0 sobre o Goiás,
sábado, na cidade catarinense. A equipe da casa garantia sua presença
no G-4 ao fim do primeiro turno, subindo uma posição, passando a ocupar o
terceiro lugar.
Até que, aos 20 minutos do segundo tempo, quando um atleta do JEC saía
de campo para ser atendido em um carrinho da maca, aconteceu o acidente:
o árbitro gaúcho Fabrício Neves Correa foi atropelado pelo veículo.
Mas, revendo as imagens com detalhes, conclui-se que, na verdade, foi o
homem do apito que, dando ré, acabou batendo na lateral do pequeno
carro. No fim, ninguém ficou ferido, só o lateral William, que,
machucado antes do acidente, teve que ser mesmo substituído.
Diarreia geral no elenco do Goiás
(Foto: Leo Munhoz/Agência RBS)
(Foto: Leo Munhoz/Agência RBS)
Piriri goiano
Um outro fato curioso marcou o jogo acima. Na entrevista coletiva após a
derrota por 1 a 0 para o Joinville, o treinador do Goiás, Enderson
Moreira, revelou que 16 dos 19 jogadores relacionados para a partida sofreram com uma indisposição estomacal na noite anterior ao confronto. Alguns membros da comissão técnica também tiveram o problema.
Enderson descartou a possibilidade de uma possível sabotagem na comida
dos atletas, e ressaltou que a indisposição dos jogadores não
influenciou muito na atuação do Goiás em campo.
- É difícil falar. Eu pelo menos acho que no futebol já estão acabando
essas coisas. Estou há 15 anos no futebol e já ouvi confissões de
pessoas que já fizeram algo parecido. O problema foi no jantar. Eu mesmo
tive diarreia. Na hora do almoço muitos atletas reclamaram.
Ídolo tricolor homenageado
Dentro de campo, quem brilhou foi Thiago Neves, que marcou dois na vitória do Fluminense sobre o Vasco por 2 a 1.
Mas, antes de a bola rolar, o Tricolor fez uma bela homenagem a um de
seus maiores ídolos. Os jogadores entraram em campo com a camisa número 1
e o nome do goleiro Félix, que morreu na última sexta, estampado às costas.
Tricampeão mundial em 1970 pela Seleção, na Copa do Mundo do México,
Félix jogou 319 partidas pelo Fluminense. "Papel", como era
carinhosamente chamado devido à leveza do corpo e dos voos para defender
os chutes adversários, chegou às Laranieiras em 1968, quando já tinha
30 anos. Quem pensava que a carreira estava no fim se enganou. Félix
jogou no Tricolor por 10 anos e foi multicampeão: ganhou o Campeonato
Brasileiro de 1970, os Cariocas de 1969, 1971, 1973, 1975 e 1976 e a
Taça Guanabara de 1975.
Thiago Neves, que brilhou no clássico, veste a camisa de Félix (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)
São Paulo e Corinthians falsos no Pacaembu
(Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
(Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
Palmeiras x Santos?
ou Corinthians x São Paulo?
ou Corinthians x São Paulo?
Pacaembu cheio, e entram em campo os jogadores de Corinthians e São
Paulo. Só que ainda não era domingo, era sábado, dia de outro clássico
paulista, entre Palmeiras e Santos. O sistema de som do estádio começou a
anunciar as escalações de Timão e Tricolor, e “jogadores” com os
uniformes das duas equipes entraram em campo. Por cerca de cinco
minutos, o telão do estádio exibiu as escalações e também o placar do
jogo de domingo. Do lado de fora, fogos de artifício anunciaram o início
da partida falsa. Os times até perfilaram para a execução do Hino
Nacional, e só depois disso é que a brincadeira foi revelada: era ação
de marketing de uma seguradora.
Palmeirenses e santistas não gostaram nada. Com muitas vaias, os
alviverdes, maioria no Pacaembu, começaram a cantar o hino do clube. No
fim, porém, tudo ficou em clima de paz. A justificativa usada para
enganar os torcedores foi uma suposta “mudança de calendário”. Dentro de
campo, Neymar brilhou com dois gols e uma virada por 2 a 1 do Peixe em cima do Verdão.
São Paulo e Corinthians falsos, sábado, no Pacaembu (Foto: Diego Ribeiro/Globoesporte.com)
Adriano saboreia biscoito de polvilho
Na primeira vez desde que assinou contrato com o Flamengo, o atacante Adriano foi assistir ao empate sem gols de seu novo time com o Botafogo, neste domingo, no Engenhão, mas apenas como torcedor e atração para os fãs.
Antes de subir para o camarote da presidente Patricia Amorim, os dois
se encontraram na porta do vestiário do time e trocaram um abraço. Ele
também conversou com o vice de futebol Paulo Cesar Coutinho e o vice de
finanças Michel Levy. Sorridente, entrou e participou da oração do
grupo. No camarote sete da Ala Leste, o Imperador se revezou entre as
áreas interna e externa. Enquanto estava dentro do local, aproveitou
para comer biscoito de polvilho e reviu alguns lances com mais calma e
detalhes pela televisão. Na parte de fora do camarote, o camisa 10 ficou
ao lado do lateral-esquerdo Magal, que não foi relacionado, bem perto
de Patricia Amorim e da líbero Fabi, bicampeã olímpica com a seleção
brasileira feminina de vôlei em Londres.
Adriano encontra com a presidente Patricia Amorim na saída dos vestiários (Foto: Fla / Imagem)
Até pedaço de bolo no gramado
Em jogo de uma torcida só, fica bem mais fácil identificar quem atira
coisas no gramado. E foi o que aconteceu no empate por 2 a 2 entre
Cruzeiro e Atlético-MG, neste domingo, em um Independência todo celeste.
Os cruzeirenses entraram na "pilha" no início do segundo tempo e,
revoltados com a arbitragem do pernambucano Nielson Nogueira Dias,
atiraram diversos objetos no gramado, como garrafas e copos d'água e até
mesmo um celular - Leandro Guerreiro e Bernard foram expulsos
justamente depois que o volante cruzeirense pisou em um pedaço de bolo
(!) para tentar evitar que o atleticano o mostrasse ao árbitro.
Maca nova para Cabixi
Um fato inusitado marcou a goleada do Vilhena por 4 a 0 sobre o Atlético-AC,
neste domingo, pela Série D. O lance aconteceu aos 28 minutos do
primeiro tempo. O atacante do VEC Cabixi teve que sair mancando de campo
para ser atendido porque a maca simplesmente quebrou.
O "acidente" foi a gota d'água para o VEC. O presidente do clube,
Carlos Dalanhol, anunciou que pretende desistir da competição após a
partida desta quarta contra o Remo, no Mangueirão, por falta de apoio
financeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.